Exposição individual na Ó! galeria até dia 27 de Junho
" Caminho por uma montanha... dentro mim"
Caminhar por singelezas onde a montanha é O corpo e A forma , os Artigos que definem as danças destas paisagens em relevo. Sendo o relevo a pele nua da mão de um ilustrador.
Não são apenas as falas mudas dos femininos a transmitir o enlevo de uma paragem, são também as ramificações de uma floresta povoada de pensamentos e visões, que tecem os trilhos deste caminhar.
A montanha fixa o corpo à terra com as raízes do invisível dizer do contemplar.
Há a casa imaginária onde as janelas são o rosto do orvalho ou o caudal de um rio, abrindo portas para o arvorar.
Há o sobrevoar da lentidão dos espaços cativos na memória e o acolchoar na palma da mão do molde dessa floresta que nos reveste.
Em cárdeo cativo posiciono-te árvore no canteiro que crio:
Os rebentos florais na terra do olhar,
enternecido,
fértil,
expansivo.
Os bolbos escondidos arfam ao calor do toque,
sinuoso,
envolvente,
compassivo.
As mãos que revolvem minerais em plurais,
risos,
festas,
musicais.
Posiciono um ramo de ti , em minha mão,
traço a traço, menino-veado,
linha a linha, menino-veado,
Crias a árvore, beijas o fruto.
Menino-que-na-montanha-gravas-a lápis-o-teu-caminho
Texto de Amora Silvestre
Caminhar por singelezas onde a montanha é O corpo e A forma , os Artigos que definem as danças destas paisagens em relevo. Sendo o relevo a pele nua da mão de um ilustrador.
Não são apenas as falas mudas dos femininos a transmitir o enlevo de uma paragem, são também as ramificações de uma floresta povoada de pensamentos e visões, que tecem os trilhos deste caminhar.
A montanha fixa o corpo à terra com as raízes do invisível dizer do contemplar.
Há a casa imaginária onde as janelas são o rosto do orvalho ou o caudal de um rio, abrindo portas para o arvorar.
Há o sobrevoar da lentidão dos espaços cativos na memória e o acolchoar na palma da mão do molde dessa floresta que nos reveste.
Em cárdeo cativo posiciono-te árvore no canteiro que crio:
Os rebentos florais na terra do olhar,
enternecido,
fértil,
expansivo.
Os bolbos escondidos arfam ao calor do toque,
sinuoso,
envolvente,
compassivo.
As mãos que revolvem minerais em plurais,
risos,
festas,
musicais.
Posiciono um ramo de ti , em minha mão,
traço a traço, menino-veado,
linha a linha, menino-veado,
Crias a árvore, beijas o fruto.
Menino-que-na-montanha-gravas-a lápis-o-teu-caminho
Texto de Amora Silvestre
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