terça-feira, 23 de outubro de 2018

Jardim Atlântico

Daniel Moreira e Rita Castro Neves

Jardim Atlântico no Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial do Rio de Janeiro, em que participamos com Débora Mazloum, Hugo Rodrigues Cunha, Isaura Pena, Júnia Penna, Nena Balthar, Susana Anágua e Vanda Madureira. A curadoria é de António Olaio e Malu Fatorelli. 

The exhibition Jardim Atlântico at the Brazilian Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial in Rio de Janeiro, with ourselves, Débora Mazloum, Hugo Rodrigues Cunha, Isaura Pena, Júnia Penna, Nena Balthar, Susana Anágua and Vanda Madureira. The curatorship is by António Olaio and Malu Fatorelli. 




Jardins Botânicos, Coimbra e Rio de Janeiro (estudo 02), 2017/2018
Botanical Gardens, Coimbra and Rio de Janeiro (study 02), 2017/2018

Partindo da pré-existência dos jardins botânicos de Coimbra e do Rio de Janeiro, as fotografias a preto branco, mapeiam espaços, organizações, espécies e detalhes, sublinhadas e abertas pelos desenhos monocromáticos, num movimento em aproximação às práticas oitocentistas mais eruditas de tipo enciclopedista, mas também às mais privadas dos herbários caseiros e da observação natural da ilustração proto-científica ou mesmo dos primeiros fotogramas dos inícios da fotografia, de Henry Fox Talbot.




Alfabeto do Fogo, 2018 Som de Gustavo Costa.
Agradecimento especial ao Gustavo Costa/Sonoscopia.

Fire Alphabet, 2018. Sound by Gustavo Costa.
Special thanks to Gustavo Costa/Sonoscopia.

Alfabeto do Fogo é um vídeo realizado a partir de 30 fotografias em médio formato a preto e preto. A encenação proposta nesta animação, propõe uma linguagem nova – visual e sonora - a partir de dois paus queimados de uma árvore que outrora pertencia a uma floresta portuguesa, entretanto queimada nos grandes incêndios de 2017. Uma escrita de carvão para entender paisagens em mutação destrutiva.
É este o enquadramento (...) uma exterioridade que é o sincretismo de outra exterioridade. Robert Smithson descreveu tentativamente no seu “A provisional theory of non-sites” essa dualidade deslocada, ao mesmo tempo sintática e construtiva. O filme contido no dispositivo desenhado por Daniel Moreira explica esta sobreposição pois ele é o espaço (a superfície, o plano) que ganha forma, profundidade e conteúdo (na interação que se produz com as mãos e os paus de carvão, e no movimento de ambos) e que na cinemática que o invade se complica num sistema simbólico onde o reino puro das ideias (a abstração de que a folha branca tem uma densidade metonímica) se confunde expressivamente com a motricidade incompreensível, indeterminada dos dois paus de carvão. Pedro Pousada in "Trânsito vago", 2018



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